Ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB, está com os dois pés no PSB, objetivando ser candidato à vice-presidente da República na chapa que será encabeçada pelo ex-presidente Lula da Silva (PT). Informação é confirmada pela cúpula do PSB, e, em especial, pelo ex-governador paulista Márcio França (PSB).

A articulação para a composição desta dobradinha vem sendo realizada pelo próprio Lula, que sabe dos riscos que seria enfrentar as urnas através de uma aliança que contasse apenas com a esquerda tradicional. Diga-se de passagem, ele fez isto em 1989, 1994 e 1998, e perdeu as três. Em 2002 se aliou aos liberais, vencendo a disputa presidencial, repetindo a dose pessoalmente em 2006, e dando sequência a este projeto, através de Dilma Rousseff (PT), em 2010 e 2014.

Neste ano, os liberais e a direita de um modo geral deverão estar com o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas Geraldo Alckmin tem boa penetração nestes segmentos ideológicos, principalmente no Sudeste do país. A presença dele na chapa de Lula também dá certa segurança ao setor empresarial, afinal de contas, quem tira Dilma para deixar Temer, pode muito bem tirar Lula para deixar Alckmin.

A chapa Lula/Alckmin nasce forte. O PSB é um partido muito referenciado no Nordeste brasileiro, que já é francamente favorável a Lula. Com a força de Alckmin, e do próprio Lula no Sudeste brasileiro, as esperanças de Bolsonaro ficariam apostadas no Sul, Centro Oeste e Norte do país, que concentram apenas 30% dos votos dos eleitores em nível nacional. Já o Sudeste e o Nordeste concentram 70%.

As candidaturas correlatas de Sérgio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT) e João Dória (PSDB), tendem a esvaziar a força da dobradinha Lula/Alckmin. Moro e Dória a atrapalhando mais no Sudeste, e Ciro no Nordeste. Ainda assim, ela nasce forte, e ensejará a necessidade de se lembrar tudo o que representou a Lava Jato, para que possa ser descredibilizada.

Dez mil convencionais devem votar nas prévias do MDB

Cerca de dez mil convencionais são esperados durante a votação das prévias do MDB catarinense no próximo sábado, para a escolha do candidato ao Governo do Estado pelo partido. Terão direito a voto todos os membros dos diretórios da sigla, nos 295 municípios do Estado. A ordem dos nomes dos pré-candidatos já foi sorteada.

O primeiro nome na cédula de votação será do deputado estadual Valdir Cobalchini. O segundo nome será o do senador Dário Berger e o terceiro o do prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli. Em princípio, Antídio é considerado o favorito para a disputa. Ele tem o apoio aberto do presidente do MDB catarinense, Celso Maldaner. Cobalchini tem o apoio dos deputados estaduais do MDB. Já Dário Berger tem o apoio dele próprio.

Daniel Freitas está com os dois pés no PL

Deputado federal Daniel Freitas (PSL), o mais votado do Sul do Estado no pleito de 2018 para este cargo, deve migrar para o PL, do senador Jorginho Mello (PL), por onde disputará a reeleição. Com forte penetração no Progressista, legenda pela qual fez carreira política em Criciúma, onde foi vereador, Daniel tende a se tornar o nome natural do PL do Sul Catarinense, com vistas a Câmara dos Deputados, neste ano.

Isto poderá fazer com que o ex-vereador araranguaense, Igor Batista Gomes (PL), reveja seu plano de voo. Em princípio, ele é candidato a federal pela legenda. A candidatura de Daniel pela sigla, no entanto, tende a esvaziar qualquer outra candidatura pelo PL do Sul do Estado ao mesmo cargo.

Igor tem outras opções, e uma delas é concorrer a estadual pelo PL. Recentemente, episódios pessoais desgastaram muito a imagem do ex-prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo (PL), que almeja disputar a Assembleia Legislativa. Trata-se de uma boa oportunidade para que outro nome surja no processo.

Amesc trocará de presidência na sexta-feira

Na próxima sexta-feira a Amesc, Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense, trocará de comando. O presidente da entidade, prefeito de São João do Sul, Moacir Teixeira (MDB), passará suas atribuições na associação ao prefeito de Timbé do Sul, Beto Biava (PP).

Conforme acordo partidário firmado entre os prefeitos de nossa região no início do ano passado, neste segundo ano da atual gestão, o comando da Amesc cabe ao Progressista.

Por sua vez, entre os cinco prefeitos do Progressistas, Beto Biava foi escolhido para presidir a entidade, por se tratar do único prefeito reeleito do partido. Biava deverá vocacionar sua gestão ao fomento do turismo regional, como também à solicitação da conclusão completa da Serra da Rocinha.

Comandos estaduais do União Brasil serão formados hoje

União Brasil, que é fruto da fusão do PSL e do Democratas, depois de um longo processo de validação junto ao Tribunal Superior Eleitoral, reunirá seu comando nacional hoje, para a definição da comissões provisórias estaduais. Em Santa Catarina a legenda nasce com 15 prefeitos e 190 vereadores, e será presidida pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro.

Em nossa região, a coordenação regional está a cargo do empresário sombriense, Teco Silvério. Em princípio, há uma nítida divisão aqui no Extremo Sul em relação ao novo partido. Algumas lideranças, como é o caso do presidente da Câmara Municipal de Sombrio, Gean Albino, que foi eleito pelo Democratas, já estão dentro do União Brasil.

Já outras, como é o caso do vice-prefeito de Balneário Gaivota, Jonatã Coelho, eleito pelo PSL, não deverão ingressas na legenda, e migrarão para o partido em que o governador Carlos Moisés da Silva se filiará.

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