Inovação é a palavra do momento. E em Criciúma não é diferente. Com uma veia arrojada a cidade a cada dia avança como polo inovador no Sul catarinense e em Santa Catarina. Uma movimentação que iniciou dez anos atrás e cresce a cada ano.

“O ecossistema de inovação em Criciúma vem crescendo muito. Começamos movimentação lá em 2010, então faz 12 anos. Entretanto iniciou com pouco maturidade com o tempo vários agentes diferentes e concorrentes começaram a fazer investimentos positivos para fomentar a criação de ideias inovadores e consequentemente startups”, explica o assessor de inovação da Unesc, Christian Engelmann.

Apenas na Unesc, passam pela Itec.in – incubadora de ideia e negócios, cerca de 20 empresas por ano. ” Todos os anos tem aproximadamente 20 startups encubadas que passam por todo o ciclo de encubação e se renovam. Fluxo bastante grande para um cidade de 200 mil habitantes. Criciúma é um grande polo desse ecossistema de inovação em Santa Catarina”, destaca.

Na Unesc as grandes ideias encontram porto, já que os projetos e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) são voltados para a criação de novas ideias. Ideias que passam por uma seleção e podem fazer parte da incubadora da universidade.

“Vemos os melhores potenciais, ai passa por um processo seletivo e leva para a incubadora que seria onde temos os consultores, especialistas de cursos diferentes que garantem os primeiros passos dessa ideia, a formação de equipe técnica, a ida ao mercado vai ser muito bom para que essas startups possam se desenvolver”, comenta Christian.

Não é só na Unesc que a inovação cresce. Diversas instituições de ensino da cidade já promovem iniciativas e projetos voltados para a inovação. A Prefeitura de Criciúma lançou editais de inovação recentemente com investimento para startups. Além disso, diversas instituições incentivam a criação de incubadoras que são locais onde as ideias são testadas e colocadas em funcionamento.

“Hoje são muitas as ações. Você pega Unesc, Sesi, Senai, Satc, Senac, todas as instituições estão de alguma forma promovendo a inovação para diferentes públicos, diferentes frentes com diferentes objetivos, estão promovendo a inovação de forma descentralizada”, destaca o presidente do Comitê de Implantação do Centro de Inovação de Criciúma e gerente de operações do Sesi/Senai, Valmir Cabral.

Centro de inovação será o grande catalizador do Sul

Em fase de construção, o Centro de Inovação de Criciúma será o grande catalizador de todos esses esforços das instituições. Na busca de fomentar ainda mais o ecossistema de inovação do Sul catarinense.

“Criciúma tem um benefício dentro do contexto estadual, o fato de ter as principais instituições de ensino de nível nacional dentro da cidade. Estamos falando de grandes instituições que compõe e trazem todo esse aparato técnico e tecnológico para a inovação”, ressalta Cabral.

A previsão é que as obras do Centro terminem em outubro deste ano para se iniciar os trâmites legais de implantação e de ocupação dos espaços. Um mapeamento das necessidades das empresas e instituições da região está sendo realizado para buscar os serviços que poderão ser ofertados no Centro que se terá a marca CRIO.

“Centro de inovação é um agente neutro dentro de um ecossistema onde tem vários concorrentes. Concorrentes de ideias inovadores, agentes diferentes que através desse ambiente neutro possam trabalhar em conjunto, em comunhão de esforços para fazer isso. Desta forma potencializando muito mais e centralizando os esforços de inovação para que o ecossistema deslanche ainda mais em Criciúma”, comenta o assessor de inovação da Unesc.

A estrutura contará ao menos com um coworking, espaço onde várias empresas e freelancers poderão compartilham o mesmo ambiente de trabalho e ideias. Além de e um espaço maker, um ambiente personalizado, que visa oferecer oportunidades para os estudantes colocarem a “mão na massa”. A Fapesc poderá ter um polo, também, no local para o fomento financeiro das iniciativas. Muito mais que um Centro de Inovação de Criciúma, o espaço será regional. Um grupo de trabalho foi montado para buscar o envolvimento de todas as cidades da Região Carbonífera.

“Temos diversos ambientes que já existem mas que hoje são descentralizados, o Centro irá catalisar, será um HUB de conexão de todas as ações, complementando com o que ainda não existe. Teremos um espaço coworking, para gerar relacionamento entre as empresas, espaço, ambiente maker, a ideia é, também, instigar o público jovem e do ensino fundamental”, destaca Cabral.

Icatarina é lançado e ecossistema será mapeado

Um mapeamento de todo o ecossistema de inovação de Santa Catarina. É isso que será realizado com o Icatarina lançado na manhã deste terça-feira, dia 29, no auditório Ruy Hülse. Com a presença de diversas autoridades entre elas o Secretário de Estado de Desenvolvimento, Luciano Bulligon, a nova plataforma promete aglutinar todos os dados em Santa Catarina.

“Por exemplo, vem um representante de outro país e questiona o que temos sobre litium. Aí eu posso ir na plataforma pesquisar e descobrir que na Unesc, em Criciúma, por exemplo, tem um doutorando que está pesquisando o litium”, explicou Bulligon.

O Icatarina será possível graças a Plataforma ON desenvolvida pela ACAFE. “É um esforço de Santa Catarina para seguir sendo referência em inovação no Brasil. Mapear todo o ecossistema. Teremos uma bolsista correndo nas associações, prefeituras, câmaras para o alinhamento. Essa plataforma deverá ser abastecida diariamente, com dados reais para promover o ecossistema, a nova economia”, destaca o coordenador da Plataforma ON, Adriano Rodrigues.

Para a reitora da Unesc, Luciane Ceretta, a iniciativa é de suma importância até para a colaboração entre as instituições. “Vem fortalecer o ecossistema, a nossa região. Conectando as diferenças de cada um vamos mais longe”, destaca ela.

A previsão é que em julho deste ano seja apresentado o Icatarina já com todos os dados e mapeamento do ecossistema de inovação. “Não será algo feito pelo Estado. Mas por todos. Queremos tirar essa cara de Governo. É uma plataforma para os catarinenses, por isso chamados de Catarina”., finaliza Bulligon.

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