Um policial civil com 34 anos de trabalho, lotado na Central de Plantão Policial (CPP) de Araranguá, salvou na madrugada desta terça-feira, dia 26, uma mulher que pretendia tirar a própria vida.

Tudo começou ontem, segunda-feira (25), quando uma mulher procurou pela CPP para registrar o Boletim de Ocorrência de desaparecimento da irmã, de 39 anos. Ela contou que ainda no domingo (24), sua irmã fez uso de medicamentos com intuito de tirar a própria vida, sendo socorrida e encaminhada a tempo ao Hospital Regional de Araranguá. Após receber alta médica nesta segunda-feira, a irmã a levou para sua casa para cuidá-la. No mesmo dia, a paciente, após breve ausência da irmã que saiu para comprar comida, deixou a residência levando consigo uma cartela de comprimidos e uma garrafa de água.

A mulher procurou pela Central de Plantão Policial informando que a irmã poderia tirar a própria vida e que teria bloqueado inclusive os contatos dos familiares.

O policial civil Luiz Cláudio Rosa, de 62 anos, mais conhecido como “Índio”, do próprio telefone conseguiu contato com ela via WhatsApp. Eles conversaram por mais de 04 horas sobre a vida, comida, família, na tentativa de uma aproximação.

A experiência do policial deu certo: durante as mensagens de áudio, que duraram até as 04h desta terça-feira, Índio percebeu que a mulher poderia estar na beira-mar do Balneário Arroio do Silva. Ele avisou a família e se deslocou para o município.

A vítima foi encontrada sob efeito de medicamentos próximo à plataforma de pesca. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Regional de Araranguá para atendimento, onde ainda permanece internada.

Índio contou que ao logo da careira policial teve a oportunidade de salvar várias pessoas em depressão e que tentaram suicídio. Com relação ao fato desta madrugada Índio falou que cumpriu mais uma vez com seu dever. “Foram horas conversando com a mulher no celular e falamos de tudo um pouco. Percebi que ela havia tomado medicamentos e estava com a voz arrastada e tinha medo que ela perdesse a consciência. Depois que consegui pegar nas entrelinhas que ela estava na praia do Arroio do Silva, rapidamente peguei a viatura e fui até seu encontro. Avisei a família que também seguiu ao balneário”, comentou o policial civil.

Familiares e a própria vítima agradeceram imensamente pelo salvamento. “Ela falou que quando me viu perguntou quem eu era e a irmã disse que era um anjo.  Isso não tem preço”, lembrou o policial.

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