A pressão das últimas horas para que o senador Esperidião Amin (PP) decline da pré-candidatura ao governo a favor de Jorginho Mello e indique um vice na chapa mora, exclusivamente, entre os apoiadores do pré-candidato pelo PL, circunstancialmente o partido do presidente Jair Bolsonaro.

Os dois têm conversado publicamente e nos bastidores, mas Amin passou a argumentar que o 11 estará na telinha e que o natural seria o PL lhe indicar um companheiro de chapa, após os nomes da deputada Angela Amin e do deputado João Amin figurarem, em momentos diferentes, como os vices dos sonhos de Jorginho, logo rotulados como especulação.
Porta-voz da tese pró-Jorginho, o deputado Ivan Naatz publicou nas redes sociais que “a união” entre os dois pré-candidatos ao governo “é questão de horas”, fato que indica um misto de “mãe Diná’’ e de expectativa, o que, em ambas as situações, sugere que, sem uma aliança, o projeto do PL, hoje desprovido de um grande parceiro, corre risco no Estado.
Amin tem influência entre os conservadores, Jorginho é neobolsonarista; o pré-candidato do PP é amigo do presidente da República e possui o recall de um desempenho político vitorioso de direita, enquanto o pré-candidato do PL passa boa parte do tempo a convencer os seguidores de Bolsonaro que é o apoiado por ele em Santa Catarina.

O passado conta
Um dia Jorginho já foi filiado à Arena e ao PDS antes de ir, em 1985, para o PL, onde permaneceu por 14 anos, mais outros quatro no PSDB, até 2012, e retornar ao PL.
Nas conversas com integrantes do PP esta questão do passado político acaba sendo lembrada como um vínculo a não ser ignorado na hora de projetar uma aliança.
Outro ponto: Amin e seu grupo político lembram a Jorginho que a prioridade é a reeleição de Jair Bolsonaro e que unidos no mesmo projeto isso potencializa a força dos dois únicos pré-candidatos diretamente ligados ao presidente.

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