Jorginho Mello participou de encontro na tarde desta quinta-feira (09) na sede da Facisc

Diálogo e aproximação. Essas foram as duas palavras reforçadas pelo presidente da Facisc (Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina), Sérgio Rodrigues Alves, e pelo governador do Estado, Jorginho Mello, durante encontro ocorrido na tarde desta quinta-feira (09) na sede da entidade na capital catarinense. Para Sérgio Rodrigues, o momento é de a classe empresarial manter o diálogo com o governador e ele escutar o setor.

“Temos muito a contribuir, nós queremos o sucesso da gestão dele. É importante mantermos esse diálogo, essa aproximação. O propósito é nós alinharmos junto com o governador Jorginho a importância de a classe empresarial ser escutada e nós podermos contribuir com a gestão dele”, comentou o presidente da Facisc.

Esta deve ser a primeira de outras reuniões que a entidade pretende realizar com a participação de secretários de Estado, deputados estaduais, Fórum Parlamentar e senadores catarinenses.

O levantamento da Facisc, que reúne mais de 700 pleitos das associações empresariais, o Voz Única, foi reforçado novamente ao governador, que já havia recebido durante a campanha.

O estudo mostrou que 62% das solicitações da Facisc são da área de infraestrutura. “Agora chegou o momento de nós trabalharmos em cima desse produto”, afirmou Sérgio Rodrigues.

“Um Estado que se destaca economicamente, mas infelizmente temos nessa área um déficit que muitas vezes encarece o nosso produto, tira um pouco a nossa competitividade, eu acho que nós merecemos mais investimentos e melhorias principalmente nessa área da infraestrutura”, frisou ele.

O presidente reforçou outros dois pontos merecem atenção: uma unidade de hospital infantil no Planalto Norte e a expansão da rede trifásica de energia no Oeste.

Para a plateia de empresários, Jorginho Mello reforçou os compromissos de campanha. Sobre o principal pleito do levantamento da Facisc, o governador disse entender que é um problema recorrente e anunciou um plano para recuperar condições estruturais de 25 rodovias estaduais.

“Estou estruturando um financiamento, um BID ou algo parecido, para que a gente possa recuperar todas elas rapidamente. Tem que fazer um grande projeto para atacar todas elas de uma vez”.

Críticas ao Plano 1000

Jorginho Mello voltou a criticar o Plano 1000. Lançado em dezembro de 2021 pelo então governador Carlos Moisés, o Plano iria distribuir recursos equivalentes a R$ 1 mil por habitante aos 295 municípios catarinenses, e previa destinar mais de R$ 7,3 bilhões para investimento nas cidades ao longo dos próximos anos.

De acordo com o Jorginho Mello, uma equipe do governo realiza, no momento, um levantamento rigoroso em todos os contratos. O governador comentou ainda que conversará com os deputados estaduais para avisar que não vai pagar “as obras só na conversa”.

Jorginho Mello em conversa com empresários catarinenses – Foto: Roberto Zacarias/SECOM/NDJorginho Mello em conversa com empresários catarinenses – Foto: Roberto Zacarias/SECOM

“Uns têm contrato outros não têm, pois é PIX sem prestação de contas. Eu nunca vi, nos meus 30 anos de vida pública, você repassar o dinheiro, que é do contribuinte, sem prestação de contas. Eu nunca vi isso na vida. Chamar os 40 deputados para mostrar a eles. Eu não vou pagar Plano 1000, porque o Ministério Público agora pediu o cancelamento por ilegalidade, por falta de transparência.”

Jorginho Mello afirmou ainda que dirá aos parlamentares estaduais que os Poderes deverão usar criatividade e inteligência para atender às demandas dos prefeitos.

“Porque tem obras iniciadas, obras só licitadas que foram iniciadas e obras só na conversa. E na conversa já morreu. As que não forem iniciadas, segura mais um pouco, e as que estão rodando tem que ver o tamanho da conta, o tamanho do benefício”, salientou.

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