Empresários citaram a necessidade urgente de ter a proposta em discussão e defenderam a simplificação da carga de impostos

Uma comitiva com aproximadamente 20 empresários de Santa Catarina, esteve na tarde de quarta-feira (21) em Brasília para dois encontros para discutir a reforma tributária. Grupos do Paraná e do Rio Grande do Sul, também participaram. Eles foram liderados pelo presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), Mário Aguiar.

A primeira reunião foi com o Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Os empresários levaram as preocupações sobre o texto da reforma tributária, que ainda não foi apresentado oficialmente e a necessidade urgente de ter a proposta em discussão. Uma das defesas dos empresários é a simplificação das cargas tributárias.

“Certamente que o setor produtivo quer uma reforma tributária urgente, mas que não venha com elevação de carga tributária. Esse é o grande tema que defendemos. Precisamos da reforma porque ela dará competitividade para o Brasil, mas não poderá, em hipótese alguma, ter aumento de carga”, afirmou o presidente da Fiesc.

As lideranças industriais também falaram da neoindustrialização do país, gasto público, custo logístico e política industrial. Logo depois, o grupo foi até a residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para também para falar sobre o assunto. Aos empresários, Lira disse que o texto vai ser apresentado nesta quinta-feira (22), depois de uma reunião com governadores.

Fundo de Compensação

Uma das possibilidades é que a reforma tributária crie um fundo de compensação para estados que vão passar a perder na arrecadação de impostos, como ICMS, impactando na prestação de serviços públicos.

Segundo o presidente da Fiesc, essa questão é uma preocupação do grupo. “Nós que somos um estado exportador podemos ser prejudicados”, afirmou Mário Aguiar. A região sul tem o segundo maior PIB regional do Brasil com R$ 1,3 trilhão, sendo o setor industrial respondendo por 25,3%.

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