Durante megaoperação, foram realizadas 33 prisões, 45 buscas e apreensões e milhões em ativos ilegais terminaram congelados

Na manhã desta terça-feira (31), o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram a “Operação Repasse”. A ação mirou uma organização criminosa especializada em estelionato atuando em Santa Catarina e no Paraná. Foram cumpridos 45 mandados de busca e apreensão e 33 de prisão em seis cidades nos dois estados, incluindo Balneário Camboriú.

A investigação teve início em maio de 2023, em Ituporanga, Santa Catarina, após vítimas locais denunciarem os crimes ao Promotor de Justiça. Segundo investigações, os criminosos enganavam compradores com vendas fictícias de veículos pela internet, sendo descobertos apenas após a transferência de fundos.

A ação cumpriu mandados nas cidades de Joinville, Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú e Blumenau, em SC, e Curitiba e Pontal do Paraná no PR. A PRF em Santa Catarina cumpriu dois dos mandados de prisão, ambos em Joinville. Também estão sendo objetos das buscas 14 veículos, na maioria veículos importados e de luxo.

Os crimes investigados são estelionato, crimes de falso (falsidade ideológica, falsificação de documento), lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa.

O esquema também incluía a lavagem de dinheiro e o uso de identidades falsas. Os estelionatários movimentaram cerca de R$ 6 milhões em um período de 45 dias. Eles usavam o sistema bancário e terceiros, conhecidos como “laranjas”, para ocultar a origem ilícita dos recursos.

A ação resultou na apreensão de 14 veículos, predominantemente importados e de luxo, relacionados aos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. A PRF em Santa Catarina foi responsável pelo cumprimento de dois dos mandados de prisão, ambos na cidade de Joinville.

O nome “Operação Repasse” faz alusão ao termo utilizado em revendas de veículos, quando um carro é oferecido pelo preço de “custo” e aceito como parte do pagamento na compra de um veículo novo ou de maior valor. O caso segue sob investigação, com os acusados detidos e aguardando as próximas etapas judiciais.

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