A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou na manhã desta quinta-feira, 18, uma operação para investigar supostos crimes ambientais e de corrupção envolvendo dois secretários municipais da Prefeitura de Florianópolis, a Operação Presságio. Um deles é o Secretário de Cultura e Turismo, Ed Pereira, que já teve o nome citado, anos atrás, na Operação Ave de Rapina. Ed, inclusive, iria discursar na coletiva de abertura do Carnaval, que seria realizada no mesmo dia, no Mercado Público Municipal. Obviamente, o evento foi cancelado para evitar o bombardeio de perguntas que viriam.
O outro é Fábio Braga, Secretário do Meio Ambiente e ex-vereador da cidade. Alguns servidores comissionados do município também foram afastados, um deles é a esposa de Ed Pereira. Isto, em ano eleitoral, é para enterrar de vez qualquer possibilidade de apoio ou candidatura dos envolvidos.
De acordo com as informações da Polícia Civil, foram realizados 24 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, na Câmara Municipal, na prefeitura e na residência dos secretários. Além das cidades de Brasília e Porto Velho, onde fica a sede da empresa envolvida no esquema.
A investigação, que começou ainda em 2021, após a constatação de um crime ambiental de poluição em um terreno na região central de Florianópolis. A empresa que fez o descarte incorreto do lixo foi contratada para substituir os servidores da Comcap durante uma greve. Porém, a empresa já buscava funcionários em Porto Velho para trabalhar em Santa Catarina antes mesmo de fechar o contrato. O que aconteceu um dia antes da greve estourar. Outro fato que chama atenção é que a greve durou 10 dias, mas o contrato com a tal empresa foi de 17 meses.
O prefeito Topázio Neto (PSD) manifestou-se pelas redes sociais e afirmou que está dando total apoio para a investigação e disse ainda que não irá passar a mão na cabeça de ninguém, porque os responsáveis precisam ser punidos. E não dava para esperar outra postura dele. Aguardemos.
Fonte: Portal Litoral Sul