O Governo Federal se vê, neste momento, entre o povo e o empresariado. Isto porque a taxação ou não das compras internacionais até US$ 50 beneficiam alguns, enquanto dificulta para outros.

A votação da “Taxa das Blusinhas”, como ficou conhecido o projeto que prevê alíquota de 20% do valor dos produtos, estava prevista para esta quarta-feira, 5, no Senado Federal, dividindo até o próprio governo sobre o tema, já que uns pregam a cobrança como uma forma de arrecadar recursos para o país, enquanto outros – principalmente a oposição – tenta convencer a todos de que essa taxação é só mais uma forma de aumentar impostos e prejudicar aqueles que compram produtos mais baratos no exterior, o que, de fato, irá acontecer. Até a primeira dama, Janja da Silva, já se manifestou, esclarecendo que o imposto não é para o consumidor, mas para as empresas.

Se aprovado o projeto, as compras de mercadorias da Shein, AliExpress e Shopee, por exemplo, já não sairão tão vantajosas assim. Por outro lado, o empresariado brasileiro, que precisa pagar milhões em impostos, sai ganhando, porque o mercado se tornará mais competitivo para ele.

O presidente não quer sair por mal dessa, mas o Ministro da Fazenda pressiona e as indústrias também.

Com a possibilidade do Senado retomar a taxação de compras internacionais, empresas estrangeiras já tentam mexer seus pauzinhos para reduzir os danos. Um dos pedidos aos senadores é um período de transição para o retorno do imposto. Como argumento, elas afirmam que a transição daria tempo para que os consumidores atuais da plataforma se adequassem à cobrança. Essa adaptação também daria tempo para as pessoas que já fizeram compras não precisarem pagar mais pela entrada das mercadorias no Brasil.

O governo está tendendo para a manutenção da taxa, mas a oposição está tentando convencer o Senado a derrubar a taxação.

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