Uma reunião da bancada catarinense em Brasília (DF) com o ministro dos Transportes, Renan Filho trouxe à tona novamente a questão das obras altamente necessárias na região do Morro dos Cavalos, na BR-101, em Palhoça. O tema, enfim, voltou à pauta do Governo Federal e o ministro confirmou que o projeto está dentro do pacote de obras previstas para a otimização do contrato com a Arteris Litoral Sul, concessionária do trecho Norte da rodovia, cujo contrato vence em 2033. Renan Filho afirmou ainda que a otimização da BR-101 prevê R$ 10 bilhões em obras, mas o fato causou opiniões divergentes nos presentes.
Entre eles, o presidente da Fetrancesc, Dagnor Schneider, porque, segundo ele, os valores são altos se comparados com a Via Mar, projetada como solução de via paralela para o caos na BR-101 na região de Itajaí. O valor a ser repactuado terá impacto direto no preço do pedágio da rodovia. Outra preocupação dele, mais que válida, é com o fato da Arteris, ao longo dos últimos anos, ter recebido uma série de notificações que impediram que o contrato vigente fosse atualizado com a inclusão destas obras que estão sendo discutidas agora, por exemplo.
Esses investimentos, de acordo com o deputado Valdir Cobalchini (MDB) – coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, fazem parte da prorrogação do contrato de concessão das rodovias com a empresa Arteris. “Nós realizamos várias audiências públicas, ouvindo as demandas de cada região e também a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e levamos ao ministro, que prontamente nos atendeu”, explicou.
Segundo ele, o contrato vence no ano de 2032 e será prorrogado por mais 15 anos para que todos os investimentos sejam feitos. “A partir de agora, vamos continuar nos reunindo com Ministério dos Transportes, ANTT, e Tribunal de Contas da União para que seja definida a nova tarifa que será aplicada nos pedágios”, completa Cobalchini.
Além do túnel do Morro dos Cavalos, a BR 101 vai receber vias paralelas nas travessias urbanas e mais uma ponte no município de Itajaí. Já na BR 116 serão duplicados alguns trechos e construídas terceiras faixas.
A proposta deve passar pelo Tribunal de Contas da União e pela própria Arteris, para avaliação do impacto das obras adicionais sobre os valores do pedágio cobrado aos usuários da rodovia. Ou seja, corre-se o grande risco de aumentar o valor do pedágio para os motoristas.
Fonte: Portal Litoral Sul