Donald Trump tomou posse da presidência dos EUA nesta segunda-feira, 20, após uma reeleição recheada de polêmicas. Agora, a surpresa mesmo será como ficará a economia global com a série de restrições que o presidente reeleito irá impor ao mercado. Já foi promessa de campanha dele elevar as tarifas de importação para estimular o crescimento e consumo da indústria local, assim como implantar uma política de imigração extremamente restritiva, o que impactará direta e fortemente na mão de obra do país.
Ótimo para os EUA, mas e como ficam os países que importam para lá? Os chineses, por exemplo, devem sofrer uma taxação de 60%. Em relação ao Brasil, Trump já chegou a prometer que colocaria lá os mesmos valores que são impostos aos produtos americanos daqui. Mas, como tudo tem dois lados, alguns especialistas vêem essa mudança de postura econômica por um lado positivo. Apesar da elevação do dólar, ocasionado pelo aumento da inflação inevitável que ocorrerá nos EUA em um primeiro momento, quem exportava para o país irá buscar outros mercados, e é aí que entra o nosso país.
A grosso modo, a expectativa é que o Brasil venha a ser procurado pelas empresas que terão que deixar o território norte-americano e que mesmo com a elevação das taxas, o Brasil possa superar a China (principal importador atualmente dos EUA) e aumentar as importações para lá de produtos que os países produzem em comum, como a madeira e motores elétricos, por exemplo.
Há também a possibilidade da China recorrer a outros países para adquirir os produtos que, outrora, vinham do mercado norte americano.
Trazendo o recorte deste cenário para Santa Catarina, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), já deixou claro que acredita que as indústrias daqui que concorrem players mundiais no mercado dos EUA devem sentir pouco impacto em um primeiro momento, pois todos terão seus preços elevados, e as que concorrem com produtores locais nos EUA devem ter perda de competitividade devido à elevação de seus preços locais.
Mas tudo ainda é especulação, já que a política liberal de Trump não será facilmente implantada de uma hora para outra. O negócio é aguardar e tentar antecipar as movimentações para não ficar para trás.
Fonte: Portal Litoral Sul