Ele era especialista em direito aeronáutico

O sábado foi marcado por uma tragédia aérea no interior de São Paulo. Sérgio Roberto Alonso, de 74 anos, piloto experiente e reconhecido advogado, faleceu após o avião de pequeno porte que pilotava cair entre Lençóis Paulista e Areiópolis, pouco depois das 14h.

Sérgio Alonso era uma figura conhecida no meio jurídico, especialmente por sua atuação no caso envolvendo o trágico acidente aéreo que vitimou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas em novembro de 2021. Ele representou a família de Geraldo Martins de Medeiros, piloto da aeronave acidentada, em um caso que teve grande repercussão nacional.

A investigação policial sobre o acidente de Marília Mendonça, concluída em outubro do ano passado, apontou “imprudência e negligência” dos pilotos. Entretanto, um relatório do Cenipa, divulgado anteriormente em maio, identificou que a colisão do avião com um cabo de energia da Cemig foi um fator crucial para o acidente. Na época, Sérgio defendeu a responsabilidade da Cemig, apesar do relatório também mencionar uma “avaliação inadequada” do comandante do bimotor.

Sérgio tinha uma carreira notável como especialista em direito aeronáutico e internacional, membro da Sociedade Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial, com atuação também em direito do trabalho e em agências reguladoras. Ele era sócio do escritório Riedel de Figueiredo e Advogados Associados.

A aeronave pilotada por Sérgio, um planador ASW20 fabricado em 1982 pela Alexander Schleicher, era destinada a voos privados de instrução, conforme registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As circunstâncias do acidente que levou à morte de Sérgio estão sendo investigadas pela Polícia e pela Anac, em um esforço para compreender as causas deste triste evento.

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