Não tem como negar, parece que o Brasil ainda tem jeito tamanha a mobilização para ajudar o Rio Grande do Sul diante da maior tragédia climática de sua história. Claro, não podemos esquecer que uma minoria destoa desta realidade – uma minoria que vai desde políticos, artistas, empresários até os saqueadores que roubam a mercadoria que estão sob as águas -, mas o que se vê no geral chega a emocionar. 

Também não podemos esquecer de mencionar a força tarefa que o Governo Federal vem promovendo para liberar recursos para o RS e suspender as dívidas do estado. Nesta terça-feira, 7, foi aberto o prazo para que os deputados do Rio Grande do Sul reorientem a aplicação de R$ 448 milhões em emendas parlamentares. Originalmente, este valor faz parte do Orçamento da União de 2024 e estava distribuído em outras áreas, mas por causa da catástrofe atual, poderão ser remanejados para ações de socorro e reconstrução. 

Um adendo que chama muito a atenção é que dos 34 parlamentares gaúchos, apenas um havia destinado emendas específicas para prevenção de desastres.

Também anunciada a suspensão do pagamento da dívida que o estado gaúcho tem com a União até o final do ano. Atualmente, o valor é de cerca de R$ 90 milhões. 

O Ministério da Saúde também irá destinar, por meio de uma portaria, R$ 63 milhões para ações emergenciais na área da saúde no RS. Sim, porque devemos lembrar que a água que invadiu a cidade não é limpa, provoca doenças e o cenário da dengue, que já era perigoso antes da invasão das águas, deve piorar ainda mais.

Mas, infelizmente, tudo que se faz agora é medida emergencial. Como dissemos ontem aqui na coluna, o pior ainda está por vir, porque quando as águas baixarem é que se saberá o real impacto delas nos municípios. Porque até para a liberação de recursos é preciso que o estado e as prefeituras comuniquem o valor do prejuízo e digam o quanto precisam para se reestruturarem. Até o momento, o prejuízo calculado no agro do estado é de R$ 967,2 milhões.

E, até a economia gaúcha voltar a girar, os reflexos serão sentidos em todo o país. O RS, por exemplo, é o maior produtor de arroz do Brasil. 

Fonte: Portal Litoral Sul

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