Foto: Divulgação

Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), e Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC) uniram-se em uma campanha de combate e conscientização da violência política contra a mulher.

O projeto, encabeçado pelo TRE-SC, expõe que mesmo com o crescimento da participação feminina nas últimas eleições, as mulheres continuam sub representadas na política e a causa para isto seria o medo de sofrer violência, afinal, ela não é somente física. A violência política de gênero é toda e qualquer ação destinada a excluir, restringir ou coagir as mulheres, candidatas ou com mandatos no ambiente político e vai desde o assédio e importunação sexual até o discurso de ódio e preconceito. Um exemplo é que é muito mais fácil ver uma mãe sendo julgada pelos outros por estar “trabalhando” fora, do que um pai. Raramente, senão nunca, vemos casos de parlamentares homens que precisam levar os filhos pequenos para o trabalho, já no caso das mulheres, isto ocorre com certa frequência. E, geralmente, elas são julgadas por isso pelos próprios colegas, o que é lamentável, mas uma prova concreta do cenário político machista no qual nos encontramos.

Outra situação lastimável que ilustra nossa política é que, nestas eleições, nove municípios catarinenses, incluindo Florianópolis e Joinville, os maiores do Estado, não possuem pré-candidatas à prefeitura. Isto que, em Santa Catarina, a maior parte do eleitorado é feminino.

Na última semana, durante uma entrevista da Coluna com a desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, presidente do TRE-SC, ela explicou que a participação feminina na política é importante para fazer com que as vozes, preocupações e os anseios das mulheres sejam ouvidas e consideradas na definição das políticas públicas e na defesa da igualdade concreta de seus direitos. A desembargadora afirmou ainda que coibir a violência política de gênero, de modo a estimular e incentivar a participação feminina na política é um de seus propósitos enquanto presidente do TRE-SC.

Peças publicitárias começarão a ser veiculadas nesta quarta-feira, 7, em emissoras de televisão, rádio e veículos impressos ilustrando os tipos de agressões vividas por mulheres na política e, especialmente, incentivando a denúncia através da Ouvidoria da Mulher, do TRE SC, ou pelo telefone (48) 3251 3801.

Fonte: Portal Litoral Sul

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *